segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

DOR FINGIDA XII






 
DOR FINGIDA  XII

Depois de receber um beijo tão gostoso
daquela que elegi pra ser minha Rainha,
me diga, "Seu Pessoa", quem é o mentiroso
se a dor desta saudade agora não é só minha?

Se eu ontem a possuí e a amei tanto e tanto
e hoje estou tão só, lamentando esta dor,
será que - "Seu Fernando" - este meu torpe pranto
me faz - O senhor diz! - ser poeta fingidor?

Desculpe, caro amigo, o contrasenso
por sempre te dizer o que eu penso
com relação à dor que sempre sinto...

E agora que eu a conheci tão bela
resolvi registrar nesta minha tela
que esta saudade dela dói muito...não minto!

MARINHO GIL

DOR FINGIDA XI






 

 DOR FINGIDA  XI

Por culpa da tua ausência que angustia,
pela certeza de que não mais vais vir,
vou te deletar da minha poesia
e da página dos teus versos sair.

Hei de acabar de vez com esta amargura
provocada por esta paixão insana
que me aprisionou nesta torpe clausura
deste amor senil que meu verso reclama.

Porém antes que teu coração se fira
saiba que o que digo agora é mentira
pois não sei viver sem este louco amor!

Estes meus versos são somente um lamento
para que saibas, amor, neste momento
que jamais fui um poeta fingidor.

MARINHO GIL 

domingo, 22 de janeiro de 2012

DOR FINGIDA X










DOR FINGIDA  X

Se o meu verso agora sangra do meu peito
e uma lágrima me escorre pelo rosto,
lhe pergunto, "Seu Pessoa", que direito
tens ao afirmar que finjo o pranto posto?

Se a saudade me alucina e me corrói
me lançando na clausura deste amor,
por quê tu afirmas que esta dor não dói
sugerindo ser eu só um fingidor?

Se o meu pranto desce pelo rio afora
em busca do mar de amor, me diga agora,
como é que um poeta finge tanto?

Me perdoe novamente, "Seu Fernando"
mas é que meu coração, outrora brando,
não concorda ser fingido o imenso pranto...

MARINHO GIL

DOR FINGIDA IX





 




   DOR FINGIDA  IX

Este teu poema que eu julguei ser meu
e que tu negaste com severidade
pareceu-me oriundo da saudade
deste nosso grande amor que não morreu.

Li nas linhas dos teus versos o lamento
de uma flor abandonada no jardim
e se as tuas rimas não são para mim
- com certeza - aumentará meu sofrimento.

Porém, minha esperança se restringe
à teoria de que o poeta finge
ser imensa dor a que deveras sente.

Mas se tu continuares a insistir
que teus versos não são meus, tu vais ouvir
de "Pessoa": - Poetisa também mente!

MARINHO GIL

DOR FINGIDA VIII








DOR FINGIDA  VIII

Quando o teu rosto colou no rosto meu
revelando toda nossa ansiedade,
uma lágrima do meu rosto escorreu
seguindo nas corredeiras da saudade.

Quando a tua mão tocou na minha mão
feito acordes da mais doce melodia,
em meu verso fez-se logo uma canção
de amor serenidade e poesia.

Quando seguiste, tão casta, se evadindo
uma grande dor foi-se evoluindo
e invadindo minh'alma de sofredor.

Disfarçado, sorri ao frescor do vento
ocultando este torpe e tão vil lamento
como se eu fora um poeta fingidor...

MARINHO GIL

DOR FINGIDA VII

 

 


 

DOR FINGIDA VII

Com certeza eu te espero e sempre mais!
Sendo assim, esperarei por toda a vida
- que teus versos são meus belos ideais -
que algum dia hão de extirpar minha ferida.

Se preciso for, espero eternamente
pelo encanto teu que encanta a minha rima
e te abraçarei feliz, tão docemente,
certo de que não será em vão, menina.

E assim quando alguém vi a pressupor
que esta minha dor é só um fingimento
e que o amor que eu sinto nunca foi verdade,

possa então dizer que não sou fingidor
e que estou vivendo meu melhor momento
por rever a razão da minha saudade!
MARINHO GIL

DOR FINGIDA VI

 

 

 

 

 

 

DOR FINGIDA VI

Tua saudade hoje veio me visitar
trazendo nosso momento de apogeu
e fazendo da minha face rolar
uma dor por nosso amor que feneceu...

A lembrança deste amor trouxe lamento
aos meus versos que traduzem - de verdade -
esta dor que estou sentindo no momento
que me veio na carona da saudade...

Com a saudade que chegou eu descobri
que os meus melhores momentos vivi
quando te tinha ao meu lado, doce amor...

Mas o meu lamento agora é em vão
muito embora não aceite a afirmação
de que sou sempre um poeta fingidor!
MARINHO GIL

DOR FINGIDA V






  Mesmo que medigam ser só fingimento

esta dor que dilacera o coração

seguirei lançando meus versos ao vento
pra ver se tu notas a minha aflição.

Mesmo que falem que finjo muita dor
esta dor que deveras eu tanto sinto,
vou seguindo negando ser fingidor
porque é grande o meu amor por ti...não minto!

Mesmo que tu não creias no meu lamento
e resolvas me deixar em sofrimento,
solitário na morada da saudade,

seguirei nos meus caminhos tão dispersos
- enviando para ti milhões de versos -
fingindo que esta minha dor...não é verdade!
MARINHO GIL