domingo, 22 de janeiro de 2012

DOR FINGIDA VIII








DOR FINGIDA  VIII

Quando o teu rosto colou no rosto meu
revelando toda nossa ansiedade,
uma lágrima do meu rosto escorreu
seguindo nas corredeiras da saudade.

Quando a tua mão tocou na minha mão
feito acordes da mais doce melodia,
em meu verso fez-se logo uma canção
de amor serenidade e poesia.

Quando seguiste, tão casta, se evadindo
uma grande dor foi-se evoluindo
e invadindo minh'alma de sofredor.

Disfarçado, sorri ao frescor do vento
ocultando este torpe e tão vil lamento
como se eu fora um poeta fingidor...

MARINHO GIL

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