quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

DOR FINGIDA XIII

DOR FINGIDA XIII

Vou contradizer "Pessoa" eternamente
que na sua teoria sobre a dor
diz que o poeta finge completamente
sua imensa e insuportável dor de amor.

Se o poeta finge esta dor realmente
como quer nosso "Fernando" pressupor,
então ouso te afirmar solenemente:
não consigo definir mais o que é dor.

No entanto eu te afirmo ser verdadeira
a dor que invade minh'alma hospitaleira
querendo nela habitar pr'a eternidade.

Por conta desta minha dor - triste lamento,
não aceito que digam ser fingimento
esta minha dor vinda da tua saudade!



GILSON MARINHO

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