quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

DOR FINGIDA XXVI


Hoje eu sou somente sombras do passado
aguardando silenciosamente o fim
na figura do poeta amargurado
desde que fostes pra bem longe de mim...

Teu retrato que guardei com tanto afinco
desbotou-se na poeira da saudade
transformando nosso barraco de zinco
na clausura deste amor - fatalidade!

Os meus versos já não fluem como outrora,
minha rima solitária por ti chora
lamentando o escurecer da minha vida.

Se não ouves mais meu grito, meu lamento,
vou caindo - triste - no esquecimento,
nos escombros desta minha dor fingida...


GILSON MARINHO

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