quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

DOR FINGIDA XXVII


Quando alguém me perguntar, juro que nego
esta imensa dor que a mim tanto alucina
e que esta saudade a que tanto me apego
não passa de dor fingida e cristalina.

Direi mais: que este meu incessante pranto
nada tem a ver com nossa despedida
e que se o meu verso tem um triste canto,
é por outros baques que sofri na vida.

Mas se alguém olhar de perto o meu semblante
saberá ser eu um péssimo farsante
incapaz de ocultar minha própria dor...

Mesmo assim eu vou seguindo solitário
- conformado com este meu triste calvário
em que vivo...pela ausência deste amor!

GILSON MARINHO

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