quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

DOR FINGIDA XXXII


            DOR FINGIDA  XXXII

Esta dor que s'tá ficando insuportável
pela certeza de nunca mais te ver,
lentamente vai tornando miserável
o meu sonho destinado a perecer.

Proclamaram ser a minha dor fingida
pelo simples fato de eu ser um poeta.
Porém hoje eu não vejo outra saída
pra cicatrizar esta ferida aberta.

Seguirei serenamente, musa, enfim
em busca do que foi reservado a mim
pelo destino - por vezes, traidor.

E ao final desta caminhada voraz
se lerá no meu sepulcro: "Aqui jaz
um vate fingido que morreu de amor".

GILSON MARINHO

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